Dia 5 de novembro (sábado)
21h30
É verdade que muita gente não sabe administrar dinheiro, até mesmo eu que costumo ser organizada, às vezes me enrolo financeiramente. Depois de ouvir todos reclamando dos valores das diárias em hotel e eu reclamando de outras coisas como o preço dos produtos alimentícios na estrada. Comecei a prestar atenção em alguns hábitos de consumo.
Primeiramente, tudo é muito caro, depois não se tem opções de locais para comer, onde o ônibus estacionar é lá que se deve consumir e, finalmente, as pessoas compram, compram e compram, é tanto lanche, biscoito, refrigerante, salgadinho, doce, suco, achocolatado.
Será que se estivessem em seus locais de origem, as pessoas fariam tantos lanches ou teriam tanta fome?
Um fato curioso me ocorreu no almoço em um restaurante a quilo, no meio de uma estrada na cidade de Alvorada, no estado do Tocantins. Para saber se eu tinha gastado muito ou pouco naquela refeição, decidi comparar os preços com meus companheiros de mesa. Qual a minha surpresa? Meu levíssimo almoço de saladas e arroz tinha custado mais caro ou um pouco menos que as carnes dos pratos alheios. Como assim? Fiquei sem entender.
Como viagem é sempre ganhar conhecimentos e experiências, um dos meus companheiros deu uma dica, que repasso aqui. Colocar as comidas nas bordas do prato. Realmente ele pagou pouco menos de R$ 6.
Depois de fazer e refazer alguns cálculos acredito que o valor da ajuda de custo cobre as despesas da viagem, sem luxo, é claro. Os supérfluos ficam por conta de cada um. Afinal, qual jovem nunca colocou uma mochila nas costas e saiu em viagem, nem que seja para ir bem alí, em um balneário qualquer, com poucos tostões no bolso? Eu já, e admito que feito esse balanço e considerado algumas coisas, esta viagem está me custando quase nada.
E ainda assim, proporcionado luxos que não tenho no dia-a-dia, como chocolate e refrigerante, além de paisagens e sabores diferentes. Ontem, jantamos em Goiânia, onde tomei um caldo com pequi e relembrei o sabor do guaraná Jesus.
Ao final das contas em que o coloco em cheque o valor da alimentação, uma coisa é certa: muito café grátis.
Lorena Claudino
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